"Grandes almas sempre encontraram violenta oposição de mentes medíocres" - Albert Einstein

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Do filme "Copenhagen"

25/01/08 - Este filme brilhante retratado em 1941, delinea a relação entre Niels Bohr, único físico alemão detentor do acelerador de partículas e dos domínios da fissão nuclear e Werner Heisenberg, prêmio Nobel de Física pela criação da mecânica quântica e autor do Princípio da Incerteza. Ambos foram grandes amigos afastados pela guerra.
Num discurso intimista e profundo, o filme transcreve um diálogo singular sem fugir à estrutura sóbria característica dos personagens. Em seguida, alguns trechos de tais diálogos:

-Quando da visita de Heisenberg à Bohr, este observa que quando há mágoas antigas, o presente se dissolve no passado e, numa conversa entre 3 pessoas, um se ausenta pois que não vê a si mesmo, não percebe sua pessoa inserida no contexto, restringindo a conversa entre dois somente.

-No momento em que Heisenberg analisa a relação harmoniosa entre Bohr e sua esposa Margrethe, Bohr põe-se a refletir: "1+1 pode resultar em diversas somas. A matemática adquire um aspecto curioso quando aplicado às pessoas", e responde: -"Porque não sou a soma mas a metade de 2."

-"Algumas coisas apenas pensamos, pois não há nada à dizer. A paisagem muda de aspecto à cada esquina da escuridão humana, onde só estão os rostos de nossa infância."

-Da reação em cadeia: "Uma verdade dolorosa leva à duas outras. Algumas obrigações são irreconciliáveis."

-Da falsidade: "Os sorrisos hostis são sorrisos que não nos pertencem."

-Sobre a bomba atômica: -"Quando nossos filhos se deitarem sobre o pó que levantamos, não haverá mais a Incerteza, porque não haverá decisão. Nada restará."

Não é um filme, é poesia e música.

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